segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Antonio Reis (Tras o Montes)/Portugal

Il concetto di antropologia visuale e Etnofilmografia

Tras' os Montes

1976 ( Dir.Antonio Reis e Margarida Cordeiro)

Tras o Montes e' un documentario di puro spiritualismo naturalista per la propria terra.Le immagini che ricorrono sono paesaggi e visuali silenziosi di una nazione appena uscita da una lunga e dura dittatura silenziosa (Portogallo),fatta senza guerre e ne troppi rombi.IL risultato che io ricordo quando lo vidi anni fa ,entrata di nascosto alla proiezine durante una lezione del Corso di Storia del Cinema Portoghese presso la Facolta' di Lettere a Coimbra,era di immagini di una popolazione allo stato attuale senza una grande storia dietro, che ripercorre,durante tutto il documentario la normalita'di un piccolo centro montano.Cio' che fa forte il film e' la testimonianza di un popolazione che stava vivendo nel 1976 una realta'al di fuori di ogni modernita'e comunicazione.La forma proposta e' quella della popolazione presente,
Una forma quasi agreste,una popolazione agricola,che lavorava la terra che conduce una vita semplicemente modesta.E'un documentario testimonianza di quel periodo di uscita da un tunnel forzato fino ad arrivare ad una verita'reale.
Quando lo vidi la prima volta mi fece molto ricordare i paesaggi tipici italiani sia del nord che del sud.
Il documentario e' stato anche una forma di partecipazione cittadina all' evento dove personaggi ,i cittadini del luogo si lasciano "fotografare" e "analizzare", raccontano la loro vita quotidiana e fa si che il documentario sia ancora piu vivo.Anche se diviso in piu momenti con diversi episodi,ci racconta uno stralcio di vita contadina di un passato che non e' morto ma ancora vive e che poco e' cambiato.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Chuva do Verao


"A vida não é como as águas do rio que passam sem descanso, nem como o sol que vai e volta sempre. A vida é uma chuva de verão, súbita e passageira, que se evapora ao cair."



Quando Isaura (Miriam Pires) lê para Afonso (Jofre Soares) a citação acima, o espectador já está completamente entregue a "Chuvas de Verão" (1978), obra-prima do diretor Carlos Diegues. Não utilizo a palavra "obra-prima" de forma leviana: aula de roteiro, direção, fotografia, e principalmente esforço interpretativo da própria Miriam, Jofre Soares, Rodolfo Arena e Loudes Mayer, transformaram -- passados trinta anos -- "Chuvas de Verão" em um dos melhores filmes do cinema brasileiro.

Ao revê-lo, muito impressiona como a arte fílmica nacional desaprendeu de lá pra cá, brutalizando o olhar atento e individualizado sobre o povo e a vida cotidiana, em um arremedo de hipocrisia coletiva, superficialidade sociológica e terror bélico. Dói concluir que, apesar do salto no tempo, aquele subúrbio onírico de "Chuvas de Verão" ainda existe em algum lugar. Os personagens idem. Extinguiu-se, apenas, a vontade de retratá-los novamente.

Isso porque em "Chuvas de Verão" ninguém morre em nome do fetiche estético, a pobreza não busca expiações e a periferia não é tratada por um olhar infantilizante. No entanto, que bela crítica social é a figura de Afonso, um homem que dedicou toda vida à repartição, para em troca ser aposentado e receber como troféu uma caneta dourada. Obediente às normas, ciente dos seus deveres, Afonso jogou a vida fora. Está na hora de substituí-lo e devolvê-lo de pijama para uma casa pobre, onde como tantos esperará sozinho e resignado a morte.

Emulando um personagem qualquer do neo-realismo italiano, o homem velho sabe que viveu para nada. A partir dele, fica claro que todos em volta habitam o mesmo dilema: a pianista fracassada, Dona Helô (Loudes Mayer) mãe de um inútil de 32 anos que nunca lhe dará netos; um ex-ponta esquerda do Bangu, que quase jogou no Vasco; o palhaço Guaraná (Rodolfo Arena), amigo de Afonso, que oculta um segredo terrível; e o x9 da polícia, Juracy (Paulo César Peréio), atuante na vizinhança como uma espécie de coringa.

É Juracy, conhecido como Pereba, quem dá as boas-vindas ao funcionário público depois da aposentadoria; é ele também que ajuda a filha de Seu Afonso, Dodora (Marieta Severo) a desmascarar a traição conjugal do marido; e será ele a apontar o dedo para o velho, que escondia em casa o bandido Lacraia (Luis Antonio), namorado da empregada Lurdinha (Cristina Aché). O drama do bandido Lacraia e o crime cometido pelo Palhaço Guaraná, servem de informação ao público de que o roteiro não ignorava a violência urbana, tema já presente nos noticiários da época.

A vida futura de Afonso, depois da aposentadoria, resume-se a quatro dias. É cerceada imediatamente por funcionários da prefeitura, que derrubarão sua casa -- e o bairro tradicional -- para construírem um viaduto. O viaduto metáfora da morte, da temporalidade, mas aceito de bom grado por Seu Afonso, depois que concretiza a paixão reprimida por Isaura. Em um filme sobre a mediocridade, o sexo voluntarioso e libertário entre os dois velhos que bebem cerveja e escutam Francisco Alves, não é chuva de verão: são águas de março, promessa de vida em resignados corações.

Cacá Diegues passou quase três anos escrevendo o roteiro, talvez para evitar que seu olhar de morador da Zona Sul -- alagoano de nascimento, foi criado em Botafogo -- contaminasse o espírito suburbano. De fato, chama atenção nos curtos 87 minutos de "Chuvas de Verão" a total ausência de estereótipos, e o despertar natural de uma empatia entre narrativa e público.

Sem qualquer julgamento por parte do diretor, a câmera apenas os observa. Somente Juracy, com suas frases de efeito ( "Eu tenho a cabeça boa, o que atrapalha é os pensamentos") potencializado pelo tom excessivo e cativante de Paulo César Pereio, força a barra em um confronto. Os outros existem -- imperfeitos e observáveis.

A equipe passou semanas filmando em Marechal Hermes, zona norte do Rio, e em algumas outras locações da região, inclusive no Conjunto Habitacional Presidente Getúlio Vargas, Guadalupe, onde dez anos depois Cacá fez "Um Trem Para as Estrelas".

Moradia de Vina em "Um Trem Para as Estrelas" o popular Conjunto Deodoro aparece em "Chuvas de Verão" na cena da fuga de Lacraia, quando o motorista do táxi (Procópio Mariano) despeja um monólogo amargo, ilustrando em um desfile de impropérios a inutilidade da própria vida. O gordo Procópio, ator intuitivo e fabuloso, rouba a cena em entreato que deprime e exaspera.

"Chuvas de Verão" estaria no direito de ser, guardadas as ricas circunstâncias, uma experiência soturna, pesada. Pelo contrário, Cacá Diegues a conduz com tanta maestria e suavidade que terminamos o filme quase leves, felizes.

À verdade íntima de Seu Afonso, dos vizinhos, de cada um de nós, não importa a transitoriedade da vida e dos acontecimentos. Importa o que fazemos com eles, o almoço que preparamos para saciar nossa fome. Enquanto Dona Isaura após o sexo passa a usar vestidos claros, Carpe Diem, o aforismo do romano Horácio, cairia bem como resumo poético deste imperativo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Heima

Þúsund ár í orðumÞúsund orð sem hrista mig á holEkkert þor við verðum sárir ennÉg verð að komast útÞúsund orð í árumÞúsund ár sem segja allt sem erEnginn sér á bak við orðin tómBýr alltaf eitthvaðSíðustu tárin aðSíðustu tárin strýk, ég burtSíðustu ár um ævinaSíðustu árin aðSíðustu árnar enda burtSárin saman - já, þau gróaÞúsund orð í tárumÞúsund ár um mínar kinnar renna tárSvöðusár sem við saumum aftur samanog höldum áframSíðustu tárin afSíðustu tárin strýk nú burtSíðustu ár um ævinaSíðustu stráin dregSíðustu árnar renna burtSárin saman þau gróaSárin saman þau gróaSíðustu tárin renna burtSárin saman - já, þau gróaJá, þau gróaJá, þau gróaNú er ég loks kominn heim

(Sigur Ros)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Aujurdui je suis plus....avec Jules e Jim

http://www.youtube.com/watch?v=PYHz1X8K-mE

Elle avait des bagues à chaque doigt,
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla

Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui m'fascinaient, qui m'fascinaient
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatal {2x}

On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés

Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, aïe, aïe, aïe !
Ça fait déjà un fameux bail {2x}

Au son des banjos je l'ai reconnu
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais

Je me suis soûlé en l'écoutant
L'alcool fait oublier le temps
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant {2x}

On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus de vue,
On s'est retrouvés, on s'est séparés,
Puis on s'est réchauffés

Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie.
Je l'ai revue un soir ah là là
Elle est retombée dans mes bras {2x}

Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi s'perdre de vue,
Se reperdre de vue ?
Quand on s'est retrouvés,
Quand on s'est réchauffés,
Pourquoi se séparer ?

Alors tous deux, on est repartis
Dans l'tourbillon de la vie
On a continué à tourner
Tous les deux enlacés {3x}

a sensacao de frio


Si beve qualcosa o si mangia una caramella alla menta si sente freddo in bocca

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Klimt e la teoria sul colore


il colore assume un'intensità e una luminescenza totale; un eclettico estro inventivo porta Klimt a raccogliere suggerimenti nell'ambito delle culture più disparate: echi della pittura vascolare greca e di quella egizia si mescolano nella scelta di una fascia narrativa continua; le stampe di Utamaro e Hokusai influenzano la dura incidenza del segno; l'amore per la sua nascente collezione di scultura africana s'avverte nelle orribili e maligne maschere;

"o saber é uma forma da relação com o mundo: é essa a proposição básica. Voltemos ao ponto de partida: a condição antropológica, fundamento de toda e qualquer elaboração teórica sobre a relação com o saber. "Por um lado", a .criança enquanto indivíduo humano inacabado; "do outro", um mundo pré-existente e já estruturado."

CHARLOT, Bernard. A relação com o saber : conceitos e definições.